A VIDA TRÁGICA DE FRANÇOIS VILLON
A história trágica de um grande poeta da França do Séc. XVI.
François Villon envolveu-se no mundo do crime, era chamado
de moço triste e mau; alegre e louco. Foi o mais hábil larápio de Paris e um
grande Poeta da França. Acusado de vis crimes e autor de belas canções. Uma
estranha combinação de bestialidade e de sublimidade!
Aos 20 anos já era mestre já era mestre em surrupiar bolsas
de dinheiro dos transeuntes, aos 25 anos assassinou um padre, aos 30 era chefe
de quadrilha de bandidos. Contudo, durante todo esse tempo escreveu poemas que
ficaram gravados na memória e no coração do universo.
Aos 12 anos François tornou-se discípulo de um caridoso
padre chamado Villon. Ele adotou o nome de seu protetor e começou a
glorificá-lo com sua poesia e ao mesmo tenpo infelicitá-lo com seu vergonhoso
procedimento. O bom padre conseguiu ensinar-lhe a cultuar a beleza literária,
mas nunca pode corrigi-lo e levá-lo a praticar a honestidade.
O padre Villon, pai adotivo, o enviou para um bom colégio na
certeza de recuperar seu filho adotivo, mas o jovem evitou a sociedade dos seus
companheiros de estudo, escolhendo o mundo do crime e juntando-se a confraria
dos ladrões.
Tornou-se Poeta laureado deles. Quando qualquer deles era
condenado à forca, Villon consolava-os com poemas de surpreendente beleza e
zombaria. (...)
Na véspera de Natal, do ano de 1465, assaltou o colégio
Navarro, conseguiu fugir para Orléans mas foi agarrado. Duas vezes foi
condenado à morte escapando graças a interferências de amigos, entre eles, a
Princesa de Orléans, que era apaixonada por suas obras.
Enquanto estava na prisão, seu pensamento florescia no poema
do grande testamento. è um poema extraordinário, percorrendo toda a distância
que separa os charcos das estrelas.
Este foi um pouquinho do relato da vida trágica de François
Montorbier Villon, relato esse que encontrei em "Caminhos do Escritor de Manuel Azevedo".
Deleitemo-nos com o primeiro trecho do "RONDÓ" traduzido por Carlos
Drummond de Andrade.
RONDÓ
Tu, que me levaste
a amante
Dar-me-ás castigo
incessante
Se me deixares com vida.
Sem ela já não sou forte.
Que te fez minha querida,
a Morte?
Nenhum comentário:
Postar um comentário